Woodstock revival in Lisbon 40 years after last updated 25 August, 2009

I was interviewed by LUSA about having been near Woodstock at the time of the festival.

·        Excerpt attracted the attention of Filipa Queiroz at SIC:

http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5iNO9grfs35aFbidb8XW9ZLTRu2EA

 

 

 

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·        Lusa article by Silvia Borges da Silva

Lisboa, 13 Ago (Lusa) -  O ex-ministro Jorge Braga de Macedo podia ter sido uma das 500 mil pessoas que estiveram em Woodstock em 1969, mas uma chuva diluviana e uma inesperada multidão impediram-no de testemunhar, há quarenta anos, o histórico festival.

Em Agosto de 1969, então com 22 anos e estudante de Direito, Braga de Macedo rumou aos Estados Unidos para preparar a sua estada na Universidade de Yale para prosseguir os estudos em Economia.

Hoje com 62 anos, Jorge Braga de Macedo recordou à agência Lusa que naquela viagem inaugural aos Estados Unidos abriu-se uma oportunidade de ir à primeira edição do festival de música e arte de Woodstock, marcado para um fim-de-semana de Agosto, no pico do Verão, numa herdade próxima da localidade de Bethel, no estado de Nova Iorque.

"Estava em casa de amigos no Tennanah Lake, na parte norte do estado de Nova Iorque... Era muito perto, vimos os anúncios do concerto e comprámos os bilhetes", referiu, sublinhando que o cartaz "parecia muito bom e valia a pena".

Nesta primeira edição do Woodstock, que começou a 15 de Agosto numa zona rural, actuaram 32 grupos e artistas, como Joan Baez, Janis Joplin, Joe Cocker, The Who, Ravi Shankar, Sly & The Family Stone, Jimi Hendrix e Greateful Dead.

O mote era sobretudo a música, mas o festival rapidamente se transformou num cenário de demonstração pacifista de uma geração de jovens "hippies" que se opunha à guerra no Vietname, à segregação racial, às injustiças do mundo e que apelava ao que é hoje já um chavão: paz e amor.

Inicialmente venderam-se 186.000 bilhetes, a oito dólares cada um, mas a adesão maciça do público levou ao derrube literal da delimitação da herdade e a transformar o festival num evento de entrada gratuita num cenário bucólico no meio da natureza.

A audiência do Woodstock de 1969 rondou, segundo a organização, cerca de meio milhão de pessoas, mas poucos, incluindo Braga de Macedo, podiam prever que se atingiria tal número.

A caminho do recinto, Jorge Braga de Macedo percebeu que possivelmente não iria conseguir sequer sentir o ambiente no epicentro do festival.

"Estava tanta gente na auto-estrada, havia mini-concertos... Ninguém tem noção da dimensão daquilo. Só vendo no jornal depois. Ficámos na estrada uns quimóletros, mas estava uma chuva absolutamente torrencial e o `amanhã que canta´ só o vimos depois no New York Times, porque com tanta gente era impossível lá chegar", disse.

Perante aquele cenário caótico, Jorge Braga de Macedo voltou para trás e perdeu assim os concertos de Joan Baez e dos Blood, Sweat & Tears, dois dos nomes que mais gostava de ter visto.

Perdeu também o ambiente comunitário que se viveu no recinto, durante três dias ininterruptos, e um festival a que a revista Rolling Stone apelidou como "o mais famoso evento da história do rock".

Quarenta anos depois, Braga de Macedo guarda uma imagem de um evento que se distinguiu pelo "papel unificador da música".