Krugman e Blanchard integram Academia
das Ciências de Lisboa
Paul Krugman e Olivier
Blanchard vão integrar a Academia das Ciências de Lisboa como sócios
correspondentes estrangeiros. Propostos pela secção de Economia e Finanças
presidida por Manuel Jacinto Nunes, ocupam um lugar deixado vago por James
Tobin.
Helena Garrido Helenagarrido@negocios.pt
16 de setembro de 2010 às 19:54
Paul Krugman
e Olivier Blanchard vão integrar a Academia das Ciências de Lisboa como sócios
correspondentes estrangeiros. Propostos pela secção de Economia e Finanças
presidida por Manuel Jacinto Nunes, ocupam um lugar deixado vago por James
Tobin.
A secção de Economia e
Finanças da Academia pretende marcar a entrada de Krugman
e Blanchard com uma conferência, na primavera do próximo ano, sobre “os efeitos
da crise financeira global na percepção pública dos economistas, na linha da
carta enviada pela Academia Britânica à rainha de Inglaterra”.
A reunião decorreu hoje sob a presidência de Manuel Jacinto Nunes e com a
presença de José da Silva Lopes, Jorge Braga de Macedo, Manuel Porto e José
Luís Cardoso.
Os dois economistas conhecem bem Portugal. Paul Krugman,
Nobel da Economia em 2008, esteve em Portugal em finais dos anos 70 integrando
uma equipa do MIT.
Olivier Blanchard, que hoje é economista-chefe do FMI, estudou também a
economia portuguesa e um dos seus mais recentes trabalhos, de 2006, tem como
título: “Ajustamento dentro do euro. O difícil caso de Portugal” (Adjustment within the euro. The dificult
case of Portugal).
James Tobin foi o último sócio correspondente da secção de Economia e Finanças
da Academia das Ciências de Lisboa. Tobin esteve em Lisboa em Junho de 1980
onde recebeu também o doutoramento Honoris Causa da Universidade Nova de
Lisboa, na altura em que Alfredo de Sousa era reitor.
Nobel da Economia em 1981, pelo seu contributo no domínio das relações entre os
mercados financeiros e as decisões de despesa, emprego, produção e preços, como
se pode ler na decisão de atribuição do prémio, James Tobin morreu em 2002. Um
dos seus mais conhecidos contributos é o designado “q de Tobin” que
corresponde, de forma simplista, ao rácio entre o valor de mercado de uma
empresa e os seus activos.